A indústria do tabaco já impera há muitos anos, com a nicotina sendo sua principal arma em uma tarefa bastante simples: viciar os consumidores. Todo tipo de indústria trabalha com o vício, porque a lógica também é simples: quanto mais viciados, mais lucro.
Entretanto, com a nicotina a história é outra, porque as consequências deste vício são muito mais graves para a saúde do nosso corpo. E, como toda grande indústria, esta também se reinventou. Fumar cigarro pode não ser mais tão estiloso assim, mas existem outras armas que levam a nicotina para as pessoas – especialmente jovens.
Cigarro eletrônico
Mesmo sendo proibido no Brasil pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o cigarro eletrônico pode ser encontrado muito facilmente – ainda mais quando se tratam de jovens.
O grande poder deste novo produto é seu marketing: do mesmo jeito que o cigarro era vendido como algo estiloso e chique (e com muita obscuridade acerca de seus malefícios), o eletrônico é voltado para os jovens, possuindo formatos diferenciados, coloridos e sabores frutados. No fim das contas, é basicamente um cigarro convencional, que gera fumaça ao se tragar, depois um vapor é produzido e o cartucho interno libera a nicotina.
A facilidade de mantê-lo também contribui para isso: ele funciona à base de bateria, podendo ser recarregado em tomadas ou computadores/tablets via USB. O design não é o único atrativo, seu marketing também chama a atenção, especialmente por afirmar que não causa nenhum dano à saúde, sendo vendido como um produto de baixo risco pela ausência de combustão da folha do tabaco.
Por que isso faz mal?
Do mesmo jeito que aconteceu com o cigarro, a desinformação é o maior dos perigos. As substâncias presentes no eletrônico não são esclarecidas, e como seriam? As vendas são ilegais, afinal. Porém, estudos já apontam para a presença de metais pesados nesses aparelhos, como estanho e sílica, além de outras substâncias tóxicas que são encontradas em líquidos anti-congelamento e têm caráter cancerígeno (agora imagine isso dentro do seu corpo?).
Isso também se estende para o vício em nicotina. Apesar das pessoas que afirmam que o cigarro eletrônico não tem nicotina, isso só é verdade em raros casos. A maioria das essências de sabor possuem algum nível de nicotina. Acredite, a essência não te deixaria com mais vontade de fumar se fosse apenas pelo gosto de vapor de água frutada.
A nicotina causa problemas cardiovasculares, atraso no desenvolvimento fetal, risco de aborto espontâneo e o mais perigoso: alterações no desenvolvimento cerebral de jovens e adolescentes. É justamente por isso que jovens não podem fumar cigarros eletrônicos. Além de se exporem a um vício em nicotina, isso pode atrapalhar o desenvolvimento deles. Por fim, o vício em nicotina pode levar esses jovens a irem por um caminho ainda mais obscuro com o cigarro.
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