A Dispraxia é caracterizada como um déficit neurológico que afeta a execução de movimentos, como andar, comer ou se vestir. Entretanto, esta condição é, na maioria das vezes, subdiagnosticada, especialmente por afetar as crianças em torno de 6 anos. A doença costuma passar de forma despercebida por pediatras, pais e professores.
Isso porque os movimentos atrapalhados às vezes podem ser visto apenas como falta de atenção ou como uma definição de que a criança apenas é um pouco desastrada. Na dispraxia, entretanto, tanto os grandes grupos musculares, quanto os pequenos, são acometidos, influenciando na coordenação de alguns movimentos.
Causas
Infelizmente, não existe um consenso sobre a causa principal do déficit neurológico. Médicos ainda debatem acerca de algumas possibilidades, que incluem ausência de oxigenação no cérebro durante a gravidez; atraso no desenvolvimento neuropsicomotor; e fator genético, com pais que tiveram sintomas semelhantes durante a infância.
Outros possíveis fatores passam por uma pré-disposição da criança por conta de maus cuidados da mãe durante a gravidez, como por exemplo o uso de álcool e drogas. Porém, não existem evidências o suficiente que comprovem uma dessas causas específicas.
Sintomas
A doença começa a ter seus primeiros indícios durante o início da fase escolar, ou seja: em crianças com aproximadamente 6 anos de idade. O motivo para isso é que, durante este período, atividades que exigem mais da coordenação motora são mais comuns: brincadeiras, jogos, recortes com papel e revistas. Essas atividades são muito mais desafiadoras em crianças que apresentam dispraxia.
Tratamento
Não existe nenhum tratamento medicamentoso. Por isso, a melhor opção é investir em uma terapia multidisciplinar composta por fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Esta é a melhor forma de fortalecer os movimentos da criança. Claro que as formas de tratar a criança também se estendem para a escola.
Ou seja, é necessário um professor de apoio nos primeiros anos de ensino. A criança pode apresentar algumas dificuldades em tarefas que, supostamente, são simples. Isto também pode causar uma certa diminuição no ritmo de aprendizagem e é justamente por isso que um professor de apoio é tão essencial, para que a criança não tenha nenhum comprometimento cognitivo.
Em casa, os pais também podem fazer algumas coisas que ajudam. Amarrar o cadarço do tênis e abotoar uma camisa são algumas das atividades que contribuem para um bom tratamento da doença. Neste caso, essas pequenas tarefas servem como exercício para a criança, então é fundamental que os pais pensem em formas de deixá-las lúdicas.
Possíveis problemas de saúde mental
Crianças diagnosticadas com dispraxia também têm um risco mais elevado de desenvolver outras condições, como TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade), autismo e dislexia. É justamente por isso que um acompanhamento multidisciplinar terapêutico é essencial.
Se estiver notando algo de diferentes nos seus filhos, não hesite em levá-los a um pediatra de confiança. Fique de olho nos possíveis sinais e alertas que eles mostram.
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