O período da gravidez é um em que a mulher fica exposta a inúmeros riscos e é por isso que o cuidado com a saúde precisa ser redobrado — tanto pelo bem dela, quanto do bebê. E durante esses meses, as mudanças corporais e a bomba de hormônios são enormes, mas podem ser ainda mais perigosas quando revelam problemas já existentes ou até mesmo desencadeiam alguns novos. Esse é justamente o caso da miocardiopatia periparto. Nunca ouviu falar? A condição é rara e pode causar desconforto, além de ser extremamente silenciosa. Confira o nosso guia sobre o assunto:

O que é a miocardiopatia periparto?

É uma patologia do músculo do coração chamado miocárdio — inclusive, já falamos sobre outro problema parecido e mais comum, chamado miocardiopatia hipertrófica. Entretanto, neste caso do periparto, há uma dilatação do músculo e sua força é reduzida, prejudicando o bombeamento do sangue. Felizmente, os efeitos da doença normalmente são leves, similares aos sintomas de insuficiência cardíaca. Porém, existem casos que podem ser mais graves, com a doença sendo inclusive associada à alta mortalidade materna (de 10% a 32%).

Apesar da causa desconhecida, os médicos sabem que é comum que a doença apareça no último mês de gestação ou durante os primeiros 5 meses após o parto. Inclusive, essa é a grande diferenciação de outros casos de miocardiopatia.

Fatores de risco

  • Gravidez após os 35 anos;
  • Gestações multifetais;
  • Ascendência africana;
  • Deficiência nutricional;
  • Pressão alta.

Sintomas

Os sintomas e sinais do corpo em casos de miocardiopatia periparto são muito parecidos com os de qualquer outro problema de insuficiência cardíaca:

  • Falta de ar;
  • Inchaço nos membros inferiores;
  • Tosse seca;
  • Palpitações;
  • Ortopneia.

Tratamento

As melhores formas de tratar a doença passam por terapia medicamentosa, buscando aliviar sintomas da paciente e melhorar o funcionamento do coração. Entretanto, esse uso de remédios precisa ser feito com muito cuidado porque pode afetar também a saúde do feto, especialmente em período de amamentação. Normalmente, o tratamento é finalizado dentro de seis meses, mas é preciso atenção. Afinal, em uma outra gestação, existe o risco de um novo caso de miocardiopatia periparto.


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