Pouco se fala sobre o câncer de ovário, até mesmo quando o assunto gira em torno de tumores ginecológicos. Normalmente, os mais citados acabam sendo o câncer de mama e o do colo do útero. O de ovário, por outro lado, ainda que não seja muito mencionado, pode ser um dos mais perigosos, especialmente por conta dos seus sintomas silenciosos.

Isso porque esse tipo de câncer não apresenta nenhum sintoma no estágio inicial e não existem exames específicos que possam detectá-lo com precisão. E é justamente aí que mora o perigo: o câncer de ovário é, infelizmente, o tumor ginecológico que mais mata.

Portanto, como é possível detectá-lo antes?

Oncologistas e ginecologistas falam sobre a necessidade da mulher conhecer o seu próprio corpo, aprendendo, assim, a identificar sinais que possam passar despercebidos. Por exemplo, alguns possíveis sintomas são:

  • Inchaço na região abdominal sem motivo aparente;
  • Prisão de ventre;
  • Sangramento;
  • Dor na lombar;
  • Sensação de bexiga cheia o tempo todo;
  • Alterações no hábito intestinal.

Outros pontos importantes

Também é essencial que a mulher tenha conhecimento do seu histórico familiar. Se já houve algum caso da doença na família, é necessário procurar fazer um mapeamento genético. Esse tipo de coisa ajuda a identificar mutações em genes que aumentam o risco do desenvolvimento do câncer de ovário — e também do câncer de mama.

Caso a análise seja positiva, o médico indica um acompanhamento próximo e periódico do caso, com um esquema de exames que devem ser realizados com certa frequência, a fim de detectar e antecipar um possível tumor. Em casos mais graves, o médico pode indicar a retirada prévia dos ovários.

Ginecologistas ajudam?

Sem dúvida alguma, mas é preciso saber que o exame de papanicolaou não detecta o câncer de ovário. Portanto, diante do aparecimento de sintomas que estão ligados ao câncer de ovário, ginecologistas precisam encaminhar as pacientes para profissionais com foco em tumores, como oncologistas.

Possíveis tratamentos

A partir da descoberta do câncer, a recomendação é radioterapia ou cirurgia. Dependendo do caso, especialmente se houver indícios de mutação genética baseada no histórico familiar, oncologistas podem indicar um tratamento sistêmico, com uso de medicamentos via oral ou pela corrente sanguínea. Existem algumas opções dentro do tratamento sistêmico, que vão desde quimioterapia até terapia-alvo. O mais importante mesmo é a mulher conhecer seu corpo e ficar atenta a sinais de qualquer alteração. Portanto, não hesite em ligar para o ginecologista e marcar uma consulta de emergência.


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