Doenças sexualmente transmissíveis são extremamente perigosas e, mesmo com o passar do tempo, ainda precisam ser lembradas de forma ocasional, especialmente a fim de preveni-las. Infelizmente, as DSTs, como são chamadas, são relativamente comuns. Nos Estados Unidos, por exemplo, estima-se que 20 milhões de novos casos aparecem todos os anos – os dados são de acordo com órgãos de saúde oficiais norte-americanos. As ocorrências normalmente são maiores entre pessoas de 15 a 24 anos.

Enquanto isso, no Brasil, por mais que o SUS contribua para uma maior conscientização e ajude a impedir que novos casos surjam, ainda aparecem novos pacientes com DST’s. A última doença sexualmente transmissível a ter um aumento relevante na taxa de contaminação de novas pessoas foi a sífilis, em 2019.

É justamente por isso, e com o intuito de conscientizar, que viemos falar hoje um pouquinho mais sobre DST’s, apresentando os principais riscos e as formas mais eficazes de se proteger. Confira abaixo!

O que causa as DST’s?

As doenças sexualmente transmissíveis são causadas por agentes diversos: vírus, bactérias e até mesmo protozoários. É justamente por isso que a infecção pode ser tão variada: algumas de forma simples, por apenas um beijo, e outras de forma mais complexa, por meio do contato íntimo do corpo. Porém, é justamente na relação sexual que a doença por ser transmitida mais facilmente, já que ocorre a troca de fluidos genitais – especialmente quando há alguma ferida exposta.

As DST’s podem aparecer, depois de já incubadas, no formato de feridas, corrimentos, verrugas ou bolhas na região genital ou até mesmo podem acabar se espalhando por todo o corpo. Entretanto, ainda existe o perigo de a pessoa contrair uma doença sexualmente transmissível e não apresentar sintomas muito claros, fazendo com que ela acabe infectando outras pessoas sem nem mesmo saber. É por isso que é sempre necessário manter os exames em dia.

Principais tipos de DST’s

  • Aids: vírus também conhecido com HIV, ataca o sistema imunológico, deixando as pessoas vulneráveis a outros vírus e bactérias e impedindo o combate apropriado a esses agentes externos.
  • HPV: atinge os órgãos genitais a partir de um vírus que dá nome à sigla, chamado Papilomavirus Humano, causando lesões sérias.
  • Gonorréia: conhecida por vários outros nomes, como blenorragia, pingadeira e esquentamento, afeta o reto e a uretra.
  • Clamídia: possui sintomas parecidos com a gonorreia, com corrimento no canal da urina. Normalmente, causa muita dor e, se não tratado, pode evoluir para um quadro de esterilidade.
  • Herpes: causa bolhas que ficam ao redor da vagina e na ponta do pênis – também pode afetar a boca. Normalmente deixa as regiões afetadas com muita coceira e ardência.
  • Sífilis: ferida localizada nos órgãos genitais e inchaço dos gânglios da virilha. A ferida e o inchaço podem sumir com o tempo, mas, se não houver tratamento, a doença pode se espalhar pelo corpo e causar manchas, doenças cardíacas, paralisias do corpo e até mesmo cegueira.

Sintomas e complicações

Os sintomas podem variar de acordo com a doença, porém, a maioria das DST’s causa desconforto na região genital. O maior perigo dessas infecções, pelo menos em um primeiro momento, é que elas aumentam o risco de contrair outras infecções até mesmo mais graves, como o HIV. Por exemplo, se você tiver uma ferida causada pela Sífilis, a chance de contrair HIV durante o sexo é muito maior. O importante mesmo é você não ignorar qualquer sinal estranho que seu corpo mostrar depois de uma relação sexual – especialmente se for com algum desconhecido e/ou sem proteção.

O problema das doenças sexualmente transmissíveis é que, dependendo do caso, elas podem se espalhar pelo sangue e afetar outros órgãos e até mesmo tornarem-se doenças fatais. Essas DST’s fragilizam o sistema imunológico das pessoas, deixando-as mais vulneráveis a outras doenças ainda mais graves. Neste caso, até mesmo um resfriado vira um caso de vida ou morte.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico só pode ser feito com uma avaliação médica dos sintomas e a partir da análise de exames laboratoriais, como amostras de sangue, urina ou secreção. A partir disso, o médico indica antibióticos para combater qualquer infecção bacteriana e antivirais para minimizar ou acabar com os sintomas. Vale lembrar que DST’s virais, como Herpes e HIV, são para a vida toda. Neste caso, os medicamentos amenizam os efeitos e ajudam a controlar os sintomas, além de fortalecer o sistema imunológico já fragilizado, mas nunca curam a doença.

Prevenção

Essa parte é a mais importante e ela está ligada a cuidados necessários em relações sexuais, com o uso de preservativos. Eles são essenciais e nunca podem ser deixados de fora da equação, especialmente se estiver tendo relações sexuais com uma pessoa que não conhece ou que possui outros parceiros. Vale lembrar que, assim como qualquer outra doença, o diagnóstico precoce das DST’s contribui muito para uma recuperação completa ou pelo menos próxima disso. Use camisinha!

Categorias: Saúde

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