Endocardite é uma doença que afeta o endocárdio ao provocar uma inflamação no revestimento da parte interna do coração. Diferente de outras condições do coração, esta tem todo um histórico de conexões com problemas nos dentes. Ou seja, é uma doença que pode ter ligação com a higiene bucal. De cara, existem duas possíveis classificações para ela: endocardite infecciosa ou não infecciosa.

Não infecciosa

Esta é uma variação mais rara da doença, que acontece por meio de malformações nas válvulas cardíacas. Normalmente, é uma manifestação secundária do corpo para outros problemas de saúde, como por exemplo: doenças autoimunes, câncer, tuberculose, pneumonia e outras que possam causar lesões na região do coração — são essas lesões que causam a formação de trombos e contribuem para o desenvolvimento da doença.

Infecciosa

Esta variação é a mais perigosa, sendo considerada uma doença grave. Ela é causada por microorganismos que invadem a corrente sanguínea e ficam em partes danificadas do revestimento do coração. Esses organismos podem surgir a partir de fungos e vírus, mas normalmente têm relação com bactérias que invadem por meio da corrente sanguínea e se fixam no coração.

A endocardite infecciosa também possui um alto índice de mortalidade e uma das dicas para ficar de olho nesta doença do coração é: não basta ficar de olho nos batimentos cardíacos ou em coisas como dores no peito. Em vez disso, é necessário conservar bem os dentes.

Isso porque quando há presença de cáries, gengivite ou periodontite, pode haver a passagem de bactérias da boca para a corrente sanguínea, ainda mais se houver algum tipo de lesão na região bucal. A partir disso, é possível que esses organismos causem o surgimento da endocardite infecciosa.

Cuidados com os dentes

Este mesmo cuidado com a higiene bucal deve ser estendido para pessoas que possuem outros problemas cardíacos. Isso porque qualquer procedimento bucal pode aumentar os riscos do desenvolvimento desta variação da endocardite. 

Os pacientes em maior estado de alerta são aqueles que tiveram transplantes de coração, já que os medicamentos abaixam a imunidade, e os que fazem uso de anticoagulantes, que podem ter problemas de sangramento, o que dificulta o controle de bactérias. Em casos específicos assim, é necessário um aviso prévio de qualquer tipo de condição de saúde.

O mesmo vale para pessoas mais velhas que não tenham dentes, principalmente por conta dos fungos que são encontrados em dentaduras. Vale lembrar que é essencial mantê-las higienizadas.

Tratamento e prevenção

A recomendação principal é que o tratamento comece imediatamente, sendo feito em ambiente hospitalar com uso de antibióticos por algumas semanas, evitando novas lesões nas válvulas do coração.

Enquanto isso, a prevenção da doença normalmente fica por conta de dentistas, mantendo uma boa higiene bucal e saúde bem regulada na região. Em caso de qualquer dúvida, consulte o seu ortodontista de confiança e lembre-se de marcar consultas periódicas para manter o bom controle da saúde dos seus dentes.

Categorias: Saúde

0 comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress