O termo normalmente aparece depois de uma endoscopia, exame que avalia o sistema digestivo por meio de uma câmera. H. Pylori, também chamada de Helicobacter Pylori, é uma bactéria que fica dentro do estômago e que, em alguns casos, pode causar processos inflamatórios, gerando gastrite, úlcera e até mesmo câncer.
É comum que a bactéria esteja presente desde a infância, sobrevivendo à acidez do estômago. Inclusive, a estimativa atual é de que ela está em 40% da população adulta mundial, mas nem sempre acaba provocando complicações no estômago. O grande problema é a agressão dela à parede estomacal, gerando lesões que podem se agravar com o passar do tempo.
E, como mencionado, a questão mais grave é o fato de que a doença é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como um agente carcinogênico, ou seja, que pode, potencialmente, causar um câncer.
Transmissão
A infecção da H. Pylori acontece mais frequentemente durante a infância, antes da criança completar 10 anos. A transmissão é muito influenciado por condições ruins de habitação e hábitos de higiene inadequados, facilitando o aparecimento da bactéria.
Isso porque ela é transmitida por meio do contato com fezes, saliva, alimentos e água contaminados. Ela pode passar de pessoa para pessoa, especialmente quando não é feita uma boa higiene das mãos depois de evacuar ou ao compartilhar objetos pessoais como talheres e copos.
Sintomas
A infecção inicial é assintomática. O que de fato é notável que, quando a sua presença provoca uma inflamação, ela começa a gerar sintomas — entretanto, isso pode demorar anos para acontecer. Dentre esses sintomas, estão: dor, azia, queimação e/ou indigestão estomacal.
Quando a doença se agrava, o mesmo acontece com os sintomas, podendo aparecer: sangramento intestinal, falta de apetite e vômitos. Dentro deste quadro, a situação de saúde é mais grave e pode até mesmo indicar câncer gástrico. A dificuldade do diagnóstico está no fato de que esses sintomas também podem indicar outras doenças.
Diagnóstico
Existem algumas maneiras diferentes de diagnosticar a H. Pylori. Na principal e mais prática delas, é feita uma endoscopia digestiva alta, retirando pequenos pedaços da parede estomacal a fim de avaliar a presença da bactéria com um microscópio — o outro nome mais comum dado para este exame é biopsia.
Tratamento
Considerando que se trata de uma bactéria, a solução é comum: administração de antibióticos dentro de uma classe de medicamentos que atuam para diminuir a acidez do estômago. Os remédios devem ser tomados por uma ou duas semanas, a seguir recomendação do médico.
Depois disso, é necessário fazer um novo exame para confirmar a remoção da bactéria. Caso a H. Pylori ainda esteja presente, um novo tratamento precisa ser iniciado. Entretanto, vale dizer que, normalmente, uma rodada de medicamentos é o suficiente para se livrar da infecção.
É possível se prevenir?
Sim! Como mencionado, a H. Pylori se desenvolve em ambientes com condições inadequadas de higiene sanitária. Ou seja, não compartilhe copos e talheres; mantenha sempre o cuidado com a higiene das mãos; tome cuidado com a manutenção e preparação de alimentos; certifique-se que a água da casa é potável.
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