A menopausa é um assunto recheado de preconceitos, estigmas e piadinhas que não têm relação com a realidade. É por isso que é tão importante entender melhor como isso funciona e como afeta o corpo feminino. A definição básica sobre a menopausa é de que trata-se de uma fase que a maioria das mulheres vive depois dos 40 anos – mais especificamente, depois dos 45.
Ainda que a medicina avance cada vez mais e os cuidados para com os efeitos da menopausa sejam mais democráticos atualmente, muitas mulheres temem sua chegada – não apenas pelo desconforto da queda hormonal, como também pelo tabu que se segue com isso: o de que mulheres com menopausa não têm uma vida sexual ativa.
Como funciona
Quando a menopausa começa, alguns sintomas se destacam nas mulheres: o mais brusco é o fim total da menstruação e função ovariana; também ocorre uma perda de libído e sensação de calor, que pode gerar palpitações, mal-estar e ardência na face. Tudo isso é consequência da queda na produção de hormônios da mulher, que ainda podem causar mudanças no desejo sexual.
Vale mencionar que os sintomas podem surgir até mesmo antes da menopausa de fato começar, com uma leve queda na produção hormonal, deixando a menstruação irregular ou até mesmo a paralisando por algum tempo.
Sexualidade na menopausa
A diminuição de libido e as mudanças no desejo sexual são coisas que normalmente acabam sendo mal interpretadas. Um dos outros fatores que implica nesse tabu da sexualidade da mulher durante a menopausa é a falta de lubrificação – mais uma causa desta fase. A resolução disso pode ser muito simples: além de existirem lubrificantes que podem ser comprados, também há a possibilidade da mulher fazer uma reposição hormonal – neste caso, depende muito da paciente, então o ideal é seguir a recomendação do ginecologista.
A grande questão é que a sexualidade não deve ser mantida como um tabu para mulher com mais de 40 anos e que estão dentro da menopausa. Uma das coisas mais importantes é conhecer o próprio corpo: na questão da lubrificação, por exemplo, é necessário que a mulher perceba se ela ainda produz isso naturalmente ou se precisa de algum lubrificante externo ou de reposição – isso já facilita e quebra a primeira barreira para problemas na vida sexual: com a lubrificação adequada, o sexo já pode ser muito mais prazeroso.
Isso é realmente importante?
Muito! A sexualidade precisa ser trabalhada em todas as fases da vida, inclusive durante a menopausa. E isso vai muito além da motivação do prazer, mas recai no fato de que uma vida sexual ativa tem consequências positivas diretas na nossa saúde:
- Reduz o estresse;
- Melhora o sono;
- Melhor a memória;
- Alivia dores de cabeça;
- Melhora a autoestima;
- Ajuda contra doenças cardíacas e pressão arterial;
- Contribui para uma maior proteção do sistema imunológico;
- Melhora a lubrificação natural durante a menopausa.
Esta última diz respeito diretamente a mulheres que enfrentam problemas com a lubrificação. De acordo com uma matéria da Veja, as mulheres que praticam sexo durante a menopausa acabam apresentando menos atrofia no órgão genital depois desta fase – ou seja, isso contribui para uma melhor vida sexual a longo prazo. Tudo isso serve apenas para reiterar: a menopausa não é o fim do mundo e, definitivamente, não é o fim da sua vida sexual.
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