Problemas cardíacos são muito sérios e um dos maiores perigos que os acompanham mora no fato de que essas doenças podem ser silenciosas. Existe um caso específico de doença cardíaca que, além de ser extremamente silenciosa e sutil, tem um perigo ainda maior para jovens. Quando falamos de problemas no coração, normalmente pensamos em pessoas mais velhas, mas este não é o caso.

A doença em questão é a miocardiopatia hipertrófica, que é caracterizada pela hipertrofia do músculo do coração. A condição pode atingir qualquer parte do órgão, mas a mais comum de ser afetada é a região do septo, que serve para dividir as cavidades do coração. Quando alguém tem a miocardiopatia (que também pode ser chamada de cardiomiopatia), o septo duplica ou até mesmo triplica seu volume. Mas, afinal, qual é o problema desta hipertrofia?

Entendendo melhor a doença

A hipertrofia do coração pode ser algo normal quando provém de estímulos naturais. Por exemplo, quando você tem hipertensão, a hipertrofia acontece – é uma resposta do coração ao estímulo da pressão alta. Entretanto, com a miocardiopatia, esta hipertrofia acontece por conta própria.

A maioria dos casos desta doença é hereditária, ou seja: tem pouco a ver com levar uma vida saudável. Apesar disso, ela é considerada relativamente rara: apenas 1 em 500 pessoas é afetada por ela. Em casos não hereditários, a condição pode se desenvolver em pacientes com acromegalia, feocromocitoma e neurofibromatose

O perigo da miocardiopatia hipertrófica é que, com este aumento do coração, há uma obstrução do fluxo sanguíneo. Quando o órgão está batendo e bombeando o sangue, o fluxo é dificultado por conta do espessamento que é gerado na região. No geral, a doença não tem tanta gravidade, entretanto, o perigo está em não conhecê-la.

A insuficiência cardíaca que ela causa ocorre com pouca frequência, o que também causa um problema maior: no geral, casos fatais têm relação com morte súbita – ainda que a mortalidade anual seja de apenas 1% para adultos (o número é maior para pessoas mais jovens).

Sintomas e diagnóstico

Os sintomas mais comuns envolvem falta de ar, desmaios durante ou depois de exercícios físicos, dor no peito. Em caso de qualquer coisa parecida, é necessário procurar um cardiologista. Vale lembrar: a miocardiopatia hipertrófica causa arritmia e pode levar à morte súbita – especialmente em atletas jovens. O diagnóstico pode ser feito com base em avaliação clínica e resultado de exames (especialmente ecocardiograma).

Considerando que esta é uma doença que tem uma grande ligação com fatores genéticos, é impossível de ser prevenida. A única opção é que familiares da pessoa que tem a doença façam exames para controle e acompanhamento.

Vida com a doença

Além do possível uso de medicamentos, é necessário tomar cuidado com esportes de alta intensidade. Existem também algumas possibilidades de tratamento: cirurgia (para retirada da parte do músculo hipertrofiado) ou cateterismo. Não existe cura para a doença, mas esses tratamentos reduzem risco e possíveis agravamentos da condição.

Categorias: Saúde

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