A cirurgia plástica mais comum no mundo inteiro é o implante de silicone. São aproximadamente 50 milhões de mulheres que possuem próteses mamárias no planeta. Entretanto, apesar do movimento comum, uma outra tendência também cresceu durante os últimos anos e foi em uma direção contrária: explantes.
Entre 2018 e 2020, o número de retiradas de implantes apenas cresceu. E isso não aconteceu só em outros países. A moda também pegou no Brasil, que é o país mais adepto a intervenções estéticas.
Apesar de grande parte das mulheres optarem por fazer isso a partir de uma maior aceitação do próprio corpo, também existem casos em que há uma recomendação médica para a retirada. E é sobre isso que falaremos hoje!
Doença do silicone
A doença do silicone é a causa mais comum para o pedido de retirada. Trata-se de uma patologia bastante rara e autoimune, que provém da própria prótese mamária. O organismo não entende a presença do corpo estranho e uma reação imunológica começa a atacar as próprias células saudáveis. Seus principais sintomas são:
- Perda de memória;
- Queda do cabelo;
- Insônia;
- Dificuldade para se concentrar;
- Depressão;
- Dor nas articulações;
- Confusão mental.
Considerando que esses sintomas são muito amplos, o diagnóstico é difícil. Quando os médicos não encontram outras causas, a indicação é que seja feita a retirada do implante. Isso normalmente é o suficiente para que os sintomas comecem a desaparecer.
Uma das formas de evitar isso é analisando o histórico da paciente. Se ela já teve algum tipo de doença autoimune ou casos de doença do silicone na família, a recomendação é que a prótese não seja colocada.
Contratura capsular
Trata-se da rejeição da prótese por parte do organismo. A condição atinge aproximadamente 5% das mulheres que têm implantes há pelo menos 5 anos e o risco disso acontecer vai aumentando conforme o passar do tempo.
Isso acontece porque quando o silicone é colocado, uma cápsula é formada em volta da prótese. Na maior parte das vezes, ela é fina e maleável. Quando há contratura muscular, entretanto, a reação é exagerada e a cápsula endurece, ficando enrijecida e causando dor. Além de dor, inchaço nas mamas, ondulações e assimetria nos seios são alguns dos outros sintomas. O lado bom é que, se este for o caso, não é necessário retirar o implante. É possível fazer uma troca.
E na parte de prevenção, cirurgiões plásticos dizem que é necessário tomar alguns cuidados no pós-operatório depois de colocar a prótese: tomar os medicamentos prescritos; utilizar o sutiã cirúrgico; respeitar o tempo de repouso; evitar cigarro e bebidas alcoólicas.
Como é a retirada da prótese?
O procedimento usa a mesma incisão que foi feita na colocação do implante. A paciente precisa receber anestesia geral, mas a operação é bastante rápida, com mais ou menos meia hora de duração. Entretanto, em casos de mastopexia (cirurgia que corrigi a flacidez das mamas), o processo é mais longo, chegando a 3 horas. Por fim, a recuperação é simples, com repouso de 15 a 30 dias.
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